LUA - USGS MISSÃO CLEMENTINE

COMO FOI A NOITE OFICIAL DOS DISCOS VOADORES 


No dia 19 de maio de 1986, uma estranha ocorrência colocou em polvorosa o Sistema de Defesa Aeroespacial da Força Aérea Brasileira. Vinte e um OVNIs ficaram sobrevoando o espaço aéreo brasileiro durante aproximadamente 3 horas.

Os alvos foram registrados pelo radar de solo e das aeronaves que decolaram para a interceptação.

O programa Fantástico da Rede Globo, exibiu uma matéria extensa sobre o caso, que ficou conhecido como " A Noite Oficial dos Discos Voadores" porque o então Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Moreira Lima, acompanhado de altas autoridades de Brasília, relatou o ocorrido para a imprensa, admitindo a existência dos “OVNIs”.

Pilotos das bases de Sta. Cruz, no Rio de Janeiro, e Anápolis, em Goiás, perseguiram e foram perseguidos pelo estranho fenômeno.

A decolagem de uma aeronave militar supersônica para a interceptação de um alvo é uma ocorrência gravíssima e só é posta em prática quando existe invasão do espaço aéreo por outra aeronave, sem plano de vôo aprovado e que não se comunica com as autoridades responsáveis, em terra.

Neste caso, os radares da Força Aérea detectaram vários alvos na áreas de São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro, acionando um forte esquema defensivo. Veja os relatórios da FAB.

Existe uma série de formalidades que são respeitadas antes de autorizar a decolagem de aeronaves de guerra, que têm um custo altíssimo de combustível e de manutenção.

O Centro de Controle de Área de Brasília recebeu a informação de que o operador da Torre de Controle de São José dos Campos, avistou luzes se deslocando sobre a cidade às 20:50 hrs. As luzes, de cor predominante vermelha, variavam entre o amarelo, verde e alaranjado.

Simultaneamente a TWR SJ confirmou contato por radar na mesma área. Um piloto civil, comunicou que as luzes pareciam "estrelas grandes e vermelhas".

Em resposta o Centro de Operações de Defesa Aeroespacial (CODA) acionou a aeronave de alerta na Base Aérea de Sta. Cruz,  que ficou de prontidão para decolar.

 Às 21:15 hrs. o Controle de Radar de São Paulo informou ao Centro de Tráfego Aéreo em Brasília, a detecção de ecos de radar com definição de direção e velocidade. Mesmo sem  a confirmação dos radares de Brasília, o CODA determinou o Estado de alerta na Base da Anápolis e determinou o acionamento de mais duas aeronaves da Base de Sta. Cruz, prevendo a autonomia de vôo dos caças supersônicos e a necessidade de revezamento numa situação de combate.

Só quando Brasília confirmou os "Plots" às 21:20 hrs., o F5 da Base de Sta. Cruz foi autorizado a decolar.

 Um "Plot" é a sinalização na tela, do eco de um objeto que está sendo monitorado pelo radar.

Estabilizado no FL-170 (nível de vôo), o piloto informou que avistava uma luz branca abaixo do seu nível que posteriormente subiu para 10 graus acima de sua aeronave e que a luz mudou, por instantes, de branca para vermelho, verde e novamente para branca. O radar de bordo indicava entre 16 e 19 quilômetros de distância.                  

O acompanhamento se deu em direção ao mar e a perseguição foi interrompida pela falta de combustível, que obrigou o retorno da aeronave para a base.

De Anápolis decolou um Mirage que conseguiu contato pelo radar de bordo, mas não conseguiu contato visual. Num dos contatos chegou a 3.2 quilômetros de distância do alvo invisível, que ora se mantinha em zigue-zague, ora em curva acentuada pela direita. Mesmo em velocidade supersônica, o piloto não conseguiu acompanhar a variação de velocidade do alvo, que permitia a aproximação e se afastava rapidamente, frustrando a perseguição, que foi interrompida.

Decolou mais uma aeronave da Base de Sta. Cruz que informou o contato visual do "Plot" assinalado no radar de solo. Constatou o "apagamento" da luz ao mesmo tempo que o eco sumia do radar. Em determinado momento, foram detectados 13 "Plots" na cauda dessa aeronave, que foi comandada a fazer uma curva de 180°, mas não obteve nenhum contato visual, nem de radar de bordo.

As duas aeronaves seguintes, que decolaram da Base de Anápolis, não obtiveram nenhum contato de radar nem visual.

As cinco aeronaves pousaram normalmente, sem nenhuma avaria.

As conclusões do relatório ao Ministro da Aeronáutica, sobre o fenômeno, foram as seguintes:

· Produzem ecos de radar no Sistema de Defesa Aérea e nas aeronaves interceptadoras, simultaneamente, com confirmação visual dos pilotos.

· Variam suas velocidades de subsônico ao supersônico e permanecem em vôo pairado.

· Variam suas altitudes abaixo de FL-050 até altitudes superiores a FL-400.

· As vezes são visualizados devido a luzes brancas, verdes e vermelhas, outras vezes não têm indicação luminosa.

· Têm capacidade de acelerar e desacelerar de modo brusco. Capacidade de efetuar curvas com raios constantes e outras vezes com raios indefinidos.

Conclui: 

"Este comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores como também voar em formação, não forçosamente tripulados.

Elogia, por fim, a eficiência das unidades engajadas na operação. Assina o relatório o Brigadeiro do Ar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, Comandante Interino do COMDA/NuCOMDABRA.

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